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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Transtorno Tanatofilia e expressões compulsivas

Não é difícil encontrar, em diversos graus, um desejo mascarado, ou manifesto, pela morte em indivíduos neuróticos, perversos e psicóticos. O mesmo acontece com pacientes afetados pelo câncer, pelo lúpus eritematoso ou outras enfermidades incuráveis

Quando falamos de compulsões, podemos nos referir às condutas desenfreadas do noticiário cotidiano: com significados de homicídio, parricídio, filicídio, genocídio, canibalismo, incesto, pedofilia, castração; ou também às disposições moderadas e controladas, como as que se organizam como rituais sociais e religiosos, e as que organizam a horda, a tribo, a nação; ou ainda às inclinações sublimadas, que conduzem os seres humanos para as Artes, às Letras, à Filosofia, às Ciências e ao progresso tecnológico. Refletem memórias individuais e transgeracionais que guardam identificações, lutos, culpas, vergonhas coletivas que renascem em indivíduos e famílias.
As compulsões são resultados de fantasias, significantes representacionais e vínculos simbólicos, guardados no inconsciente individual e coletivo, organizando os pensamentos e o agir, gerando as patologias ou explicando a saúde mental. Podemos derivar das noções que Freud introduziu em 1920, no seu trabalho "Além do Princípio do Prazer", no qual afirma que os pensamentos bons, com predomínio erótico, são expressões das pulsões de vida, enquanto os pensamentos agressivos e destrutivos seriam polarizações das pulsões de morte.


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